Operações da Autogas a crescerem

Um investimento superior a 200 milhões de meticais foi usado para a criação da rede de distribuição e venda de gás natural para viaturas na cidade de Maputo e Matola, desde a criação da Autogás em 2008.

 

A informação foi tornada pública pelo Eng. Nuno Fernando, Director Técnico daquela instituição durante a realização de mais um encontro trimestral com os utilizadores de viaturas movidas a gás natural no país.

 

De acordo com o Eng. Nuno Fernando o referido montante foi investido em diversas áreas prioritárias e na criação das bases para o desenvolvimento eficaz do projecto, nomeadamente na criação do mercado, na formação dos centros de conversão, na transferência de tecnologias e conhecimentos, nos equipamentos básicos que permitam a expansão da rede de distribuição e no envolvimento de parceiros estratégicos.

 

Trata-se de um processo prolongado e com investimentos avultados uma vez que é preciso importar tudo, desde o conhecimento aos equipamentos para o projecto. Vamos continuar a investir e expandir os nossos serviços ao longo do país. Estão previstos mais 20 postos de abastecimento GNV para os próximos cincos anos”, disse Nuno Fernando.

 

A fonte indicou igualmente que desde a sua criação até o presente momento foram convertidos mais de mil e quinhentas viaturas e importados 150 autocarros movidos a gás natural para a Empresa Transportes Públicos de Maputo (EMTPM).

 

Entretanto o Eng. Nuno chamou atenção para a necessidade de se clarificar que a composição química do gás usado na conversão de veículos é totalmente diferente com o gás GPL (LPG) vulgarmente usado para a cozinha.

 

“Esclareço que o gás que usamos para viaturas em Moçambique é o Gas Natural Comprimido (CNG) que é totalmente diferente do gás de cozinha (LPG). Chamo particular atenção para as pessoas que importam viaturas já convertidas para usar o gás que é preciso perceber isso. Infelizmente há situações de cidadãos que importam viaturas com o sistema de LPG e que como é óbvio acabam decepcionados pois não podem usar o gás natural comprimido”.
De imediato, a Autogas pretende expandir os serviços para o Distrito de Marracuene na província de Maputo e posteriormente irá continuar ao longo da EN1.
Numa primeira fase vai se instalar um compressor pequeno com intuito de se criar “apetite” aos automobilistas para de seguida seguir-se na fase de sua expansão.
“Duplicamos a capacidade do sistema de abastecimento no nosso posto localizado na EMTPM. Melhoramos assim nosso desempenho e estamos capacitados para servir mais e melhor aos nossos utilizadores”, frisou Nuno.

 

No decorrer deste encontro varias questões, preocupações e sugestões foram colocadas pelos utilizadores de viaturas movidas a gás no país.
Por exemplo Eliodino Maolela quis saber da segurança que o sistema de conversão de gás oferece, tendo sido esclarecido que não há riscos de a viatura arder ou se danificar pelo simples facto de esta ter sido convertida para se mover a gás natural.

 

“O gás veicular não oferece nenhum perigo a mais do que uma viatura normal a gasolina ou diesel. Por ser mais leve do que o ar, o gás se dissipa rapidamente pela atmosfera em caso de vazamento”, disse o Eng. Nuno para de seguida acrescentar que a conversão de gás aumenta a vida útil do motor pelo facto de não produzir carbonos e como tal reduz custos com a descarbonização dos motores.

 

Importa referir que o uso do Gás Natural em veículos permite reduzir os gastos com combustíveis até cerca de 60%, passando o automobilista a pagar apenas cerca de 40% dos custos de gasolina, ou seja MT 17,75 por cada litro equivalente de gás contra os MT 47,52 por cada litro de gasolina.

 

E mais, dependendo do tipo de conversão, a viatura pode continuar a usar alternativamente o combustível original do veículo para além do Gás Natural Veicular (GNV) mediante um simples botão colocado no conforto do interior da viatura, o que permite ao condutor continuar viagem a gasolina mesmo em locais onde aínda não haja gás natural disponível.

 

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